terça-feira, 25 de setembro de 2012

     
     Na sociedade em que vivemos, a água passou a ser vista como recurso hidrico e não mais como bem natural, disponível para a existência humana e das demais especies, Passamos a usá-la indiscriminadamente, encontrando sempre novos usos, sem avaliar as consequencias ambientais em relação à quantidade e qualidade da água.

     Somada ao aumento populacional em escala mundial no último século, a intensidade da escassez aumentou em determinadas regiões do planeta, especialmente por fatores antrópicos ligados à ocupação do solo, à poluição e contaminação dos corpos de águas superficiais e subterrâneos.

     Em nossa sociedade, a exploração dos recursos naturais, entre eles a água, de forma bastante agressiva e descontrolada, levou a uma crise socioambiental bastante profunda. Hoje deparamos com ma situação na qual estamos ameaçados por essa crise, que pode se tornar um dos mais graves problemas a serem enfrentados neste século.

     Crise essa enbasada numa multiplicidade de aspectos sociais, econômicos, culturais, tecnológicos e ambiental - retratados no aumento da pobreza, na falta de saneamento básico, na poluição dos rios e aqüíferos, na derrubada das matas, na expansão agropecuária, na urbanização e industrialização, na ocupação das áreas de mananciais, na má gestão dos recursos hídricos disponíveis. Crise deflagrada pela visão de mundo centrada no utilitarismo dos bens naturais, a qual é descrita por diversos autores, dentre eles, Soffiati (1992), Grün (1996), Carvalho (2004), Loureiro (2004, 2006) e no modo de desenvolvimento escolhido pela sociedade e suas relações atuais com o ambiente (Jacobi, 1999, 2005).

     A água é um tema amplo e pode ser tratado a partir de diferentes enfoques. No presente artigo, optamos por tratar a educação para a água a partir de duas dimensões: espacial e temporal (esta última tratando o tempo geológico e a história humana). A desição de abordar a educação para a água a partir dessas dimenções se dá pelo fato de que sem elas não é possível enfrentar a fragmentação do conhecimento que predomina no ambiente escolar, impedindo a análise integrada de problemas reais, dificultando a relação de conceitos, procedimentos e atitudes nas diferentes disciplinas.
Nessa perspectiva, faz-se necessário compreender a relação homem-natureza ao longo do tempo.

     Segundo Tundisi (2006), o desenvolvimento econômico e a complexidade da organização das sociedades humanas produziram inúmaras alterações no ciclo hidrológico e na qualidade da água, a qual é afetada até mesmo pelas atividades de cunho religioso.
A resolução de problemas complexos, como a miséria, aproliferação de desastres ambientais, a escassez de recursos naturais, dentre outros, configura-se como um desafio que tem mobilizado cientistas, políticos e membros de comunidades de todas as regiões do planeta.

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